sábado, 2 de novembro de 2013

Uma delicada forma de calor.

Qual marca eu quero deixar nas pessoas? Não sei, sinceramente. Só que é difícil dizer sobre mim, fora o que todo mundo já sabe, e que talvez não faça diferença dizer que nasci dia 18 de outubro de 95, ou que gosto da cor preta, sem parecer superficial. Não sei o que posso dizer, só que gosto de observar as pessoas e tentar ver através delas. Me pergunto; “Por que estão sem expressão? Por que parecem tão frias?”. É difícil ver quem é de verdade, olhando somente por fora. E eu poderia dizer que meu maior medo é perder os meus pais e que eles são as pessoas que mais amo na vida e lembrar de certa manhã em que eles me acordaram às cócegas e diziam que me amava e que o quanto essa lembrança me faz bem. Posso dizer também que tenho medo de morrer sozinha em uma casa vazia, sem ninguém para ouvir minhas histórias e minhas reclamações. Também poderia dizer que estive em uma fase ruim e que toda quinta ia à uma psicóloga na rua Ipiranga. Todos tem um pouco de loucura em si, foi o que constatei. E eu imaginava o por que de tal senhora, de roupa simples e de sorriso largo, frequentar aquele lugar. Então das 15h às 16h, eu me sentava e falava da minha semana, e me pergunto se ela realmente me ouvia, enquanto balançava a cabeça afirmando que sim. E eu sempre me pergunto o que é de verdade, e por que as pessoas são só carcaça. Posso dizer também que meu sonho é viajar pelo mundo, pegar a estrada , sentir o vento e seguir sem rumo. Conhecer o máximo que eu puder, vive e ter lembranças boas de tudo, porque julgo isso importante. (...) Lembro de certa tarde em que estava com meus amigos, e estávamos felizes e lembro de como falávamos alto e ríamos o tempo todo, porque estávamos juntos e era isso que importava e corremos na chuva. Lembro do abraço que esperei por 5 anos daquela amiga que mora longe. E você tem as pessoas certas perto de você e você não se sente sozinho e percebe que tudo que leu era real e você sabe o que é se sentir infinito. (...) Gosto das lembranças, porque isso é o que conta no final da vida. A felicidade é momentânea, e o que irá dizer no final das contas se você foi realmente feliz, é que os momentos de felicidade foram maiores que os de tristeza. Gosto de acreditar que essa teoria esteja certa. E também me disseram que há pessoas que passam pela vida sem fazer diferença, e há aqueles que vivem de verdade. E penso em como todos estão preocupados em deixar marcas e ter fama e não serem esquecidos. E qual o motivo da vida afinal, se não ser feliz? E que o conceito da vida é muito vago. E que você “Aprende que não importa aonde já chegou, mas para onde está indo... Mas se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.”, e o texto O Menestrel pode nos dizer muito; “Nossas duvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar” (...) E eu lembro daquela música que diz; “Temos nosso próprio tempo, não tenho medo do escuro, mas deixe as luzes acesas... Agora. O que foi escondido é o que se escondeu, e o que foi prometido, ninguém prometeu, nem foi tempo perdido, somos tão jovens...”, e lembro de dançar em um show de rock de olhos fechados, enquanto minha alma se enchia, e eu pensei que sim, temos todo o tempo do mundo. E eu sei que as pessoas vão embora e os abraços se perdem na esquina e você tem que seguir em frente como todos tem que seguir. E um príncipe me disse uma vez que o essencial é invisível aos olhos e eu repeti 3 vezes; “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. E ouvi todos nós cantando Tempo Ruim em coro e as coisas estavam bem. “Por amor as causas perdidas, tudo bem, até pode ser, que os dragões sejam moinhos de vento”, mas ninguém da valor ao que é de verdade. Qual o valor disso tudo afinal?

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